Um conhecido jornalista esportivo, crítico do futebol disse certa vez em depoimento no blog do Instituto Ludopedio que o locus do futebol brasileiro é como uma “crônica de uma desonestidade anunciada”, com um problema estrutural de décadas.  

Dentre as principais causas dessa percepção geral não apenas no Brasi é a ganância, conforme apresentado na fala dos autores do estudo “A corrupção no futebol brasileiro”, e apresentado pelo então deputado federal Aldo Rebelo – coautor do artigo) em conferência da Transparência Internacional realizada em Praga, República Tcheca, sustentada na mercantilização do esporte, que gerou um imenso  fluxo de capital , sustentado na venda de uso de imagem, clubes e jogadores a empresas, comercialização de direitos de imagem.de transmissão de campeonatos, transferência de jogadores, entre outros.

De acordo com os autores, esse novo ambiente superou muito a antiga fonte de recursos que era resultante da venda de ingressos nos estádios e tambem dos sócios de cada clube.

“Numa fase mais recente, grandes grupos de investidores, fundos de investimentos multinacionais inclusive, atraídos pelo potencial econômico do futebol, vêm entrando no setor, patrocinando e tornando-se coadministradores de clubes e jogadores. Esse tipo de interferência, endereçado à busca de lucros e de resultados que valorizem a imagem da marca patrocinadora, tem exercido uma influência que está submetendo o futebol a rápidas mudanças e a

distorções”, pontuam os autores no artigo.

O futebol é o esporte que mais canaliza, se formos considerar apenas o montante de investimentos em publicidade, por exemplo, só em 2023 o futebol gerou investimentos da ordem de audiência a R$ 23,4 bilhões em 2023 no Brasil, conforme dados do Cenp-Conselho Executivo das Normas-Padrão, com investimentos em mídia, realizados ao longo de 2023, chegaram a R$ 23,4 bilhões – volume 10,4% maior do que a do ano anterior (2022).

Mas como proteger ações e atitudes dessintonizadas por parte dos públicos de influência como a corrupção. A propina nesse ambiente, de extremo acesso ao capital e que se manifesta e age num locus de uma das principais manifestações da humanidade que são as paixões – e que podem levar aos vícios ou evoluírem, para o equilibrio, onde estão situadas as virtudes – nomus e do nosso locus da T.Academia e NomuseLocus.

O Compliance termo que passou a ser pautado na mídia na últimas décadas graças ao volume de processos globais de má conduta pelas organizações e seus líderes tem se disseminado e gerado até a formação de áreas específicas para o alinhamento de conduta, falas e normas dentro e fora das empresas e organizações de todos os setores e segmentos. Nos esportes não poderia deixar de estar presente.

O SPFC é um dos pioneiros e tem conseguido alinhar os princípios, valores tentando equilibrar discursos, condutas entre toda a organização. ´” E um desafio, mas estamos dedicando esforços nesse sentido”, afirma a coordenadora de Compliance do Clube, Jaqueline Oliveira em um Encontros com nossa coordenadora e editora, no canal do nomuselocus e por aqui.