Lançamento destaque o Manual de Direito para professores
As virtudes dão trabalho. Elas preconizam o dominio, o controle das emoções; a reflexão, a análise dos atos, do que se fala e do que se pratica. São exercícios individuais, de autodeterminação e que se transformam, quando exercitadas, em práticas naturais. O uso intensivo dos smarthphones é um vício. Veja porque a dependência tecnologica pode se transformar em um vício negativo. Alguns exemplos ou “variáveis” essenciais humanas, são a coragem, integridade, determinação, disciplina, honestidade, respeito, justiça, lealdade, tolerância, paciência, otimismo, bondade, perdão, alegria, gratidão, humildade, empatia, compaixão, amizade, a paciência, a sinceridade – como exemplo de sua prática, numa organização, temos o caso relatado na seção Locus Empresarial esta semana do #nomuselocus, pela Korin, Além delas, algumas novas vão sendo valorizadas no decorrer dos tempos e outras, esvaziando-se.
Por exemplo, a doação, a bondade, a humildade. Nas últimas décadas, foram extremamente valorizadas a coragem, o determinismo, a beleza, a riqueza, a ostentação, a autoimagem, o status quo. Enquanto humildade tornou-se sinônimo de fraqueza.
Com a revolução das tecnologias da informação novos valores vieram à tona e indicadores ou atributos do discurso da sociedade e economia da “inteligência computacional”, surgiram como colaboração, inovação,coinovação, integração, flexibilidade, entre outras.
Escolher qual caminho seguir como propósito de vida – seja organizacional, coletivo ou individual – é uma decisão de cada um – afinal, como humanos, sem dogmas religiosos, foi-nos concedido o livre arbítrio – poderoso e instrumento libertador. Como aborda o filósofo mais citado da historia, Aristóteles, “somos aquilo que temos como hábitos”.
Bem, diante dessa reflexão inicial, convém nos inserir no objetivo alvo deste artigo que é o vicio de convivência, relacionamento, busca de informação, etc, em ambiente das redes sociais ou do uso constante dos smarthphones.
Uma das consequências do advento e expansão incomensurável das redes sociais tem sido a exposição das emoções no espaço dígito-virtual de relacionamento, sem controle. Recebemos, de graça, um imenso espaço que nunca tivemos, para exposição de nossas ideias, sentimentos, pontos de vistas, experiências, etc. Mas, ao mesmo tempo que ganhamos, perdemos, pois nesse espaço estão aquelas pessoas que de alguma maneira “gostam” de estar conosco e nos aceitaram ou convidaram para compor e compartilhar também de seus anseios no seu espaço. E é aí que o problema apareceu. Por quê?
Como é de graça, facilitado para a interação, o espaço permitiu total liberdade de exposição. As emoções, as paixões humanas, como a necessidade de deter poder, status viram-se livres para serem expostas. Inicialmente, de forma amorosa, sincera. Mas, à medida que as possibilidades de exposição foram ampliadas – os vícios e dependências se impuseram, bem como os conflitos. Em paralelo, o prazer, a emoção propiciada pelo espaço livre e ilimitado provocou, o hábito do acesso e compartilhamento contínuos.
E aí? Todo hábito, para se concretizar, necessita de um gatilho, uma repetição, uma recompensa. Temos ou não temos todas as três prerrogativas? Para tornar-se um vício basta um pequeno adicional: a dependência e a facilidade. Chegamos ao ponto. Quando tornamos o processo em hábito, ele drena nosso bem estar físico, mental, emocional e nossas horas diárias passam a estar focadas na sua lógica negativa.
Então o que ocorre? Se iniciamos um hábito diário que vai nos corroendo, afastando-nos do convívio com pessoas que nos são caras, de prazeres concretos que antes tínhamos e que fomos nos distanciando – então, meu amigo, precisamos rever nossos hábitos cotidianos.
A pandemia nos isolou, colocando-nos cada vez mais em contato com o outro, via rede social, notificações via smarthphones. Mas, ao mesmo tempo, nos direcionou a práticas até então esquecidas no dia a dia tumultuado da busca pela sobrevivência. Quer ver? De repente começamos a olhar com mais atenção ao volume de pessoas que são dependentes de uma renda diária como diaristas, pedreiros, motoristas de aplicativos e tantos outros.
Passamos a agir e nos dedicar a ajudar. Voltou à valorização da virtude doação e solidariedade antes esquecidas. E nos fez felizes, sem recebermos nada em troca!
Se repente, alguns termos passaram a compor o discurso e ações de algumas empresas como a bondade. Os hábitos, nos últimos três meses, inverteram-se. Passamos a ter hábitos que nunca praticamos, como: lavar as mãos com maior frequência, usar máscaras, preocupando-nos em não propagar vírus ou contágios.
Por alguns momentos esquecemos os smarthphones, as redes sociais e percebemos quanto tempo perdíamos em manter a ansiedade no acesso as notificações constantes do celular.
No site sociologialiquida.org o autor apresenta o seu esforço pessoal de sua cruzada na inversão de um vicio e demonstra quanto foi o seu ganho, na conquista do tempo e de novas práticas, muito mais saudáveis e #virtuosas.
Reputaçõesvirtuosas são construídas com esse exercício individual, com foco nos valores em que acreditamos e na avaliação, análise cotidiana de nossos hábitos (negativos), e no esforço de transformá-los, paulatinamente, em positivos, de forma a construirmos estruturas comportamentais e atitudinais #virtuosas. Quando conseguimos, individualmente, elas se tornam naturais, disseminam-se coletivamente e vamos, aos poucos, gerando ciclos virtuosos que transformam. Pratique e mande suas conquistas para mim, ficarei muito feliz. Vamos lá?
Ana Lúcia De Alcântara Oshiro
analucia@nomsuelocus.com.br